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sábado, 22 de maio de 2010

O Preço Pago na Salvação



Introdução

Se Deus, na eternidade, escolheu homens em particular para os salvar, os pecados destes devem ser pagos. É lógico que o assunto do preço pago na salvação siga o assunto da escolha que Deus fez na salvação.

A postura que devemos ter em relação aos pontos que seguem deve ser a mesma que temos neste estudo inteiro. Não devemos esperar entender o que a Bíblia ensina nessa área doutrinária dependendo somente da lógica humana. A lógica do homem é bem inferior aos princípios divinos (Pv. 14:12; Is. 55:8; Rm. 11:33; I Co. 1:19-25). Se esperarmos entender algo da Palavra de Deus devemos exercitar a mente de Cristo que o crente tem (I Co. 1:18; 2:14-16; Hb. 5:14). Devemos exercitar a fé pois somente por ela podemos aceitar o que a Bíblia ensina (Rm. 1:17; Hb. 11:1,6). Também qualquer tentativa de explicar o mistério do preço pago exclusivamente com lógica humana seria fútil e igual de transformar a luz em trevas.

Convém enfatizar novamente o primeiro ponto deste estudo: o desígnio da salvação, em todas as suas partes, é a glória de Deus na face de Jesus Cristo. Mesmo que os assuntos abordados nesta parte do assunto afetam o homem de várias maneiras, não é o homem visado em primeiro lugar. A gloria de Deus pela obediência de Cristo é visada primeiramente (Jo. 6:38,39).

Convém termos um temor adicional nesta parte do estudo pois estamos abordando um assunto que excede qualquer outra obra que pode ter no céu ou na terra. Múltiplas profecias de Gn. 3:15 a Malaquias 4:6 tratam repetidas vezes Àquele que viria pagar o preço do pecado. Por ter tanta ênfase pela profecia pelo Velho Testamento, uma atenção deve ser dada. Não foi somente no Velho Testamento que a atenção sobremaneira foi dada mas no Novo Testamento também. Pelo Novo Testamento sinais indiscutíveis foram apresentados na concepção (Lc. 1:30-35), no nascimento (Lc. 2:8-14), durante o crescimento (Lc. 2:46-52), e durante o ministério público deste Cristo que pagou o preço (Lc. 4:17-21). Também foram sinais abundantes na Sua morte (Lc. 23:44-47; Mt. 27:50-55), na Sua ressurreição (Lc. 24:1-7; I Co. 15:4-8), na ocasião da Sua ascensão (At. 1:9-11), pelo Seu ministério agora com o Pai (Hb. 7:25), e pelos ministrantes Teus na terra que pregam a Sua mensagem (Mc. 16:16,17). Nenhuma outra pessoa ou ser tem tanto destaque quanto aquela atenção dada pela Palavra de Deus à pessoa e a obra de Jesus Cristo. Por isso devemos ter um cuidado extra quando entramos neste assunto. Quando estudamos o preço pago estamos examinando a obra dAquele sobre Quem foi estabelecida a Sua igreja (Mt. 16:18), Aquele que tem todo o poder no céu e na terra (Mt. 28:18), que aniquilou quem tinha o império da morte (Hb. 2:14) e tem as chaves da morte e do inferno (Ap. 1:18). Por isso devemos dar a dignidade merecida a este assunto. Não existe outro tema como o tema deste estudo pois é a mensagem única para ser anunciada pelos séculos (Mt. 28:19,20; I Co. 2:1-5) e é aquela eternamente declarada nas alturas (Ap. 5:12). Por ter superioridade de tal medida sobre qualquer outra matéria, convém que tenhamos o temor de Deus em consideração neste estudo do preço pago na salvação.

No decorrer deste estudo definiremos a causa do preço a ser pago (o pecado), exaltaremos quem pagou o preço necessário (Cristo) e entenderemos para quem opreço foi pago (os eleitos).



A Causa do preço a ser pago

Entendendo melhor do pecado que levou Cristo a derramar o Seu sangue mais valor daremos pela salvação. Por muitos não entenderem a natureza do pecado, menos valor dão ao Salvador dos pecados. É importantíssimo entender o pecado pois fez que conviesse (ser próprio e útil - Lc. 24:26) o Filho de Deus “a entristecer-se e angustiar-se muito” (Mt. 26:37); ter as suas costas feridas, os cabelos da sua face arrancados e para Ele receber a afronta e cuspo dos atormentadores (Is. 50:6). A beleza do preço pago é vista somente quando é examinado por perto aquilo que fez com que fosse importante (um dever - Jo. 3:14,15) o Santo e Eterno Deus Pai ferir, oprimir, moer e desamparar o Seu Único e Amado filho (Sl. 22:1; Mt. 27:46; Zc 13:7; Is. 53:4,5). Somente percebendo a razão do desprezo constante dos pagãos, religiosos (Is. 53:1-3), das aflições e inimizade de Satanás (Gn. 3:15; Mt. 4:1-11) podemos admirar o preço que foi pago. Pode ser que algo diferente do que o sacrifício tão cruel do Filho de Deus fosse possível a Deus (“todas as coisas te são possíveis”, Mc. 14:36), mas nada menos do que a completa humilhação e a afronta da morte maldita na cruz poderia satisfazer o que era proposto pela vontade de Deus (Hb. 12:2; Mc. 14:36).

A opinião do homem sobre o preço que precisa ser pago pelo pecado é mínima. O preço necessário a ser pago é comparado, ao homem, a uma fonte doce na qual ele pode beber quando precisa refrescar-se do tormento que o pecado provoca à sua consciência (Gn. 3:11-13; 4:9; Rm. 2:14). Ele medita um pouco no mal que fez, e ele determina um ato, pensamento ou uma intenção mínima de retribuição para apaziguar a sua consciência. Para o homem, aquilo que causou o preço a ser pago na salvação foi apenas uma fraqueza moral que foi herdada de Adão. É um mal que pode ser resolvido facilmente por um jeito esperto agora ou no fim da vida. Infelizmente a opinião do homem sobre o preço necessário a ser pago pelo pecado não é a mesma dAquele que julga o pecado segundo as suas obras (Ap. 21:13).

As descrições claras do pecado que a Bíblia fornece manifesta a natureza maligna do pecado e aquilo que causou Cristo morrer. Na Bíblia o pecado é descrito como sendo nenhuma justiça ou bem (Sl. 14:1-3; 53:1-3; Rm. 3:10-18); toda a imundícia e superfluidade de malícia (Tg. 1:21). O pecado é descrito como um recém nascido abandonado na sua imundícia (Ez. 16:4,6); um corpo morto (Rm. 7:24), um enfermo com doenças abertas e imundas (Is. 1:5,6), a gangrena (II Tm. 2:17) e um sepulcro aberto (Rm. 3:13). O desprezo de Deus pelo pecado é compreendido em que a Bíblia descreve-o como tendo nenhuma verdade nele (Jo. 8:44), sendo comparado ao vomito de cães e à lama dos porcos (II Pe. 2:22) e até ao pano imundo de uma mulher menstruada (Is. 30:22; Lm. 1:17). A Bíblia abertamente diz que o pensamento do tolo é pecado (Pv. 24:9) nos dando a entender que o pecado é tolice. A Bíblia revela que qualquer coisa sem a fé é pecado (Rm. 14:23) nos ensinando que o pecado é o oposto da fé. A Bíblia ensina que o não fazer o bem que se sabe e deve fazer é pecado (Tg. 4:17) nos ensinando que a maldade do pecado é desobediência. Somos instruídos pela Palavra de Deus que o pecado é claramente descrito como sendo “iniqüidade” (I Jo. 3:4; 5:17) nos ensinado que o pecado é contra a lei de Deus. Para ninguém ter nenhuma dúvida sobre este assunto, o Apóstolo João diz, pela inspiração do Espírito Santo, que quem peca “é do diabo” (I Jo. 3:8) nos claramente convencendo que o pecado, em todas as suas considerações, é terrível, abominável e diabólico. Pelas descrições claras e marcantes da Palavra de Deus, entendemos bem o que causou um preço divino a ser pago para que a salvação fosse uma realidade.

O que é pecado e o que é que causou um preço a ser pago por ele pode ser melhor entendido pela observação dos frutos podres dele. Jesus disse: pelos frutos conhecerá a árvore pois “não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons” (Mt. 7:16,18). Tiago pergunta: “Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?” e também, “pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos?” Na face da evidente clareza da lógica, Tiago resume: “Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce?”. (Tg. 3:11,12). Na face de tais verdades podemos examinar os frutos podres e as obras vergonhosas do pecado e, com isso, entender melhor a sua natureza e o tipo de preço que foi pago por ele. As obras do pecado estão listadas varias vezes pela Bíblia (Gl. 5:19-21; Ap. 21:8, 27; 22:15) nos dando um entendimento da podridão do que é o pecado. Aquele ser que foi feito pela própria mão de Deus na Sua própria imagem (Gen. 1:27; 2:7), o superior de tudo que achava na terra (Hb. 2:7,8) é agora, sendo um resultado do pecado, um adúltero e homicida (II Sm. 11:4,17; 12:4,7) e aquele que acha alegria entregar o Filho Unigênito de Deus por dinheiro (Zc 11:12; Mt. 26:15). O pecado trouxe este ser glorioso a ser uma vergonha (Pv. 14:34) e ter nenhum traço da glória de Deus (Is. 64:6; Rm. 3:23, “destituídos estão da glória de Deus”). Aquela criação feita pela mão divina na imagem de Deus, que gozava da voz do SENHOR que passeava no jardim pela viração do dia (Gen. 3:8; Pv. 8:31), por causa de um só pecado (Gen. 3:6), tornou ser um inimigo abominável contra este mesmo benigno e poderoso Deus, chegando a negá-lO (Jó 21:14; Sl. 10:4; 14:1; Pv. 1:25; Rm. 1:21, 28) e se tornou impossibilitado a agradá-lO nem entender a Sua palavra (Rm. 8:6-8; I Co. 2:14). Aquela criação nobre em cujo coração foi escrita a lei de Deus (Rm. 2:14,15), agora, por causa do pecado, vive diante de Deus sem lei (Oséias 8:12; Rm. 1:21, 28) fazendo somente o que se acha correto aos seus próprios olhos (Dt. 12:8; Juízes 17:6; Pv. 21:2). O homem que o digno Deus fez à Sua própria imagem (Gen. 1:27) agora, pelo fruto do pecado, resiste o Espírito Santo (At. 7:51; Rm. 7:21-223; Gl. 5:17), é contra a soberania de Deus (Rm. 9:18-20; Ap. 16:21) e resiste à mensagem de Cristo (Dt. 32:15; Pv. 1:25; Jr. 32:33; At. 7:54; 13:50) como resiste até o próprio Cristo (Sl. 2:3; Mt. 27:20-26). Foi por causa do pecado que o homem, que Deus fez reto e bom, tornou a ser maldito e cheio de astúcias (Gen. 1:31; Ec. 7:29). O homem, por ser criado por Deus, tem um dever de temer, honrar, obedecer e dar glória a Deus (Ec. 12:13; Ap. 4:11) mas, agora, por causa do pecado, é servo de Satanás e da sua própria concupiscência (Jo. 8:44; Rm. 6:16; II Tm. 2:26). Em vez de dar ao Criador toda a honra que lhe é devida, o homem pecador anda em auto-suficiência (Gn. 11:4; Dn. 4:30; I Jo. 2:16, “soberba da vida”). Uma conseqüência do pecado na criação de Deus feita para dar glória a Ele é entendida pois, agora, essa criação anda em uma completa estupidez pois tal criação gloriosa de Deus ridicularize-se da mensagem da salvação (I Co. 1:23) e de tudo o que é santo (I Pe. 4:4). O efeito do pecado é visto em que aquilo que o Deus santo criou, mata os que eram santos (At. 7:54; 9:1,2) e menospreza as misericórdia e benignidade divinas (Rm. 2:4). O pecado trouxe o homem a desejar mais as trevas (Jo. 3:19) a podridão e a imundícia (II Pe. 2:22, vômito e espojadouro de lama) do que a gloriosa luz. Foi o pecado que fez aquele que foi feito para gozar a presença de Deus com a vida eterna chegar a conhecer a morte e a separação de Deus (Gen. 2:17; 3:22,23; Rm. 6:23) e causou que este homem tornasse uma afronta à santidade de Deus (Jd. 14,15). O que é o pecado é claramente entendido quando os efeitos do pecado são examinados. Estes efeitos deploráveis do pecado não são reservados para alguns dos homens mas afetam integralmente os homens do mundo todo (Rm. 3:23; 5:12). Se pelos frutos a árvore é conhecida, também pelas conseqüências que o pecado trouxe ao mundo, a natureza abominável do pecado é entendida.

O que é pecado e o que causou um preço a ser pago por ele pode ser entendido melhor pelo estudo do fim terrível do pecado no homem pecador. Aquilo que é contra a justiça e a santidade divina, aquilo que opera ativamente contra o onipotente Deus, pode apenas provocar o antagonismo deste justo e poderoso Deus (Ez. 18:24). É esse fim que o pecado gera: a ira do eterno e santo Deus. Aquele que é o amigo do mundo tornou-se automaticamente o inimigo de Deus (Tg. 4:4). É esse o fim do pecado: a “inimizade contra Deus” (Rm. 8:6). Aquele que resiste a justa autoridade de Deus será, sem misericórdia, reduzido a pó (Mt. 21:44; Lc. 20:18). Esse “pó” é nada mais do que uma afrontosa morte aos maus (Mt. 21:41). Quando o pecado é consumado, a morte é gerada (Tg. 1:15). Ninguém deve ser pego de surpresa pois o resultado, ou o fim, do pecado é conhecido desde o começo (Gen. 2:17, “no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”). A lei avisou do perigo do pecado (Lv. 5:17, “E, se alguma pessoa pecar, e fizer, contra algum dos mandamentos do SENHOR .. será ela culpada, e levará a sua iniqüidade;”; Tg. 2:10, “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.”). Os profetas repetiram o aviso (Is. 3:10,11, “Ai do ímpio! Mal lhe irá; porque se lhe fará o que as suas mãos fizeram.”). O Novo Testamento não deixou o povo menos avisado (Rm. 6:23, “Porque o salário do pecado é a morte”; I Co. 15:56, “o aguilhão da morte é o pecado”). Somente os que negam o que declara a Bíblia, a testemunha pela natureza (Rm. 1:19,20) e da lei escrita no coração de todo homem (Rm. 2:14,15) estão em dúvida ainda hoje sobre o que merece todo pecado. A verdade resumida é: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez. 18:20). O homem tem responsabilidade em agradar o seu criador, o Supremo Deus, o infinito (Ec. 12:13). O pecado é contra este Deus. Deus é o eterno e infinito ser (Rm. 11:33-36). Por ser contra tal Deus, a morte é mais do que uma cessação de existência. A morte, o fim do pecado, é uma eterna e infinita separação de Deus. O primeiro pecado, praticado por Satanás, resultou em separação imediata da benção de ser aceita na presença de Deus com alegria (Is. 14:11-15; Ez. 28:17). Essa separação continua até hoje e será para toda a eternidade. Quando o homem pecou pela primeira vez ele foi lançado fora do jardim onde ele gozava da presença contínua e abençoada de Deus (Gen. 3:8, 23). Quando a época da graça se finda, entendemos pelas Escrituras o eterno fim do pecado. Para todo pecador que não tem os pecados lavados pelo sangue de Cristo, o seu fim é: ser lançado fora da presença misericordiosa de Deus no lago de fogo (Ap. 20:12-15). Este nunca poderá entrar na cidade celestial (Lc. 16:26; Ap. 21:27). Separado está da misericórdia e da benignidade de Deus, que agora está no mundo (Rm. 2:4; Is. 48:22, “Mas os ímpios não têm paz, diz o SENHOR.”). Essa separação é ter uma existência eterna conhecendo somente a ira eterna, a maldição e o juízo justo de Deus. A eterna e infinita ira de Deus é “sobre toda a impiedade e injustiça dos homens (Rm. 1:18; Ef. 5:6)”. A eterna e infinita maldição de Deus é para “todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” (Gl. 3:10). O juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que fazem abominação do pecado (Rm. 2:1,2). Pelo fim terrível do pecado no homem pecador podemos entender o que é o pecado e o que necessitou um preço a ser pago por ele.

Resumo: Tendo uma percepção clara do que é o pecado, e, entendendo que o homem voluntariamente se tornou um pecador, a salvação de tal pecado, em um único pecador, nunca pode ser vista como qualquer obrigação de justiça da parte de Deus. Contrariamente, a misericórdia e a graça de Deus, em Jesus Cristo, são exaltados por Ele salvar até um único pecador qualquer. Se você não conhece essa misericórdia e graça de Deus, olhe para Jesus Cristo. Deus salva todos os que venham a Ele pelo Seu Filho (Mt. 11:28-30; Jo. 5:24; 14:6; At. 4:12).

O preço pago pelo pecado

Pelo estudo das descrições do pecado, o seu fruto e o seu fim, podemos entender o que o pecador merece. Aos pecadores, Deus não deve a Sua misericórdia, a Sua graça, o Seu perdão ou a Sua presença bondosa e eterna. O pecado merece somente a justiça divina. Todo o pecado merece aquela justiça de Deus que julga o pecador à morte e à maldição eterna. É a justiça de Deus que prescreve que o pecador seja separado da Sua presença misericordiosa eternamente (Gn. 2:17; Ez. 18:20; Rm. 6:23; Jó 36:17, “o juízo e a justiça te sustentam”).

Entendendo que o pecado não é apenas um defeito na personalidade humana ou somente uma simples insuficiência de esperteza espiritual, o preço que deve ser pago pelo pecado tem que ser muito mais do que somente uma ‘ajuda, ‘chance’, ou ‘jeito’ divino para o pecador. Pela estudo da Bíblia podemos entender melhor, não somente o que é que causou um preço a ser pago pelo pecado mas o próprio preço pago. Entenderemos esse preço pelo estudo de II Co. 5:21.

“Àquele” – característicos da pessoa dada como preço do pecado, são apontados pela palavra “aquele” usada em II Co. 5:21. Não foi qualquer pessoa dada como preço do pecado mas um em particular. Os títulos daquele que foi dado como sacrifício pelo pecado revela muito: “o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu” (Ap. 5:5; Is. 11:1,2), o “Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (Ap. 19:16), o “Raboni” (Jo. 20:16), o “Cordeiro de Deus” (Jo. 1:29). Quem pagou o preço do pecado é determinado pela simbologia da pedra rejeitada que Deus colocou por “cabeça de esquina” (At. 4:11). Este é comida espiritual (Jo. 6:54, 63) e água viva (Jo. 7:37,38). “Aquele’ que foi dado é nada menos do que o eterno “Verbo” (Jo. 1:1; Jo. 8:58), Quem é “um” com o Pai (Jo. 10:30), o “Deus conosco” (Mt. 1:23), o “SENHOR” (Jeová) do Velho Testamento revelado no Novo Testamento (Joel 2:28-32; At. 2:16-21; 16:31). O preço pago pelo pecado não foi um preço qualquer. O preço pago foi o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo (Jo. 1:18; Jd. 25).

O sacrifício dado pelo pecado deve ser homem/Deus. Isso é representado pela Bíblia de maneiras diferentes: um parente (Lv.. 25:25-27) e um remidor bem chegado (Rute 3:12; 4:7,8). Cristo é este sacrifício homem/Deus (Gl. 3:20; I Tm. 2:5,6; I Co. 15:21; Hb. 2:11,17, “semelhante aos irmãos”) que pode morrer no lugar do homem e satisfazer todos os requisitos divinos. Somente Cristo é o representante qualificado dado no lugar do homem, o verdadeiro parente e o remidor bem mais chegado. A representação de Cristo sendo o “último Adão” (Rm. 5:14; I Co. 15:45; Hb. 2:11-15) indica somente Ele o único que pode ser o sacrifício ideal pelo pecado do homem. Além dEle, não há outro (At. 4:12; I Co. 3:11).

“que não conheceu pecado” – a divindade de Cristo é apontado por este frase: “que não conheceu pecado” em II Co. 5:21. Cristo é sem pecado. Ele é o “Santíssimo” (Dn. 9:24; Is. 53:9; Lc. 1:35; Hb. 7:26; 9:13,14; I Pe. 2:22,23), aquele em quem “não há pecado” (I Jo. 3:5), o “Justo” (I Pe. 3:18; I Jo. 2:1). Pela qualidade de Cristo ser imaculado (I Pe. 1:18,19), Ele é chamado “Luz (Jo. 8:12; 9:5; 12:46), a Verdade e a Vida (Jo. 11:25; 14:6; I Jo. 5:12). A Sua qualidade de divindade é apontada por Ele ser o “filho de Deus” que não nasceu, mas foi dado (divindade). O que nasceu foi o “menino” (humanidade, Is. 9:6). A divindade de Cristo é entendido por Ele ser ‘eterno’ (Lc. 1:32,35; Jo. 1:1; Ap. 21:6, “o Alfa e o Ômega”; 22:16), um atributo divino. Cristo não foi criado mas é o Criador (Cl. 1:16,17; Jo. 1:3). Outros atributos de Cristo que revelam a Sua divindade são: onipotência (Sl. 2:9; Mt. 28:18; Jo. 10:18), onisciência (Mc. 2:8; Jo. 2:24,25; 16:30) e onipresença (Mt. 18:20; 28:20). Por Cristo não conhecer pecado, Ele é exaltado (Sl. 89:27; Dn. 7:14; At. 2:36; Cl. 1:18,19; Fp. 2:7-11; Hb. 7:26; Ap. 19:16) e designado como soberano (Jo. 3:35; 13:3; 17:2; At. 10:36, “o Senhor de todos”; I Co. 15:57; I Pe. 3:22). O preço que foi dado pelo pecado foi o próprio Deus na pessoa de Jesus Cristo. Cristo é o único nome dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos (At. 4:12; I Co. 3:11). Se misturamos a salvação com qualquer outra obra, angélica ou humana, ou com outra pessoa alguma, a não ser unicamente a pessoa de Cristo, desprezamos “Aquele que não conheceu pecado” que o Pai deu (Jo. 3:16).

“o fez pecado” – a humanidade de Cristo é apontada por esta frase: o fez pecado (II Co. 5:21). Mesmo que Cristo foi gerado pelo Espírito Santo (Mt. 1:20), ele nasceu de mulher, sob a lei (Is. 9:6, ”um menino nos nasceu”; Lc. 2:7,11; Gl. 4:4). Cristo tinha uma mãe humana e também irmãos na carne (Mt. 13:55,56; Lc. 8:19) e cresceu em estatura e conhecimento como qualquer outro menino (Lc. 2:40,52). Ele submeteu-se aos seus pais humanos (Lc. 2:51), caminhou (Jo. 4:3-6) e se cansou pelo caminho (Jo. 4:6). Cristo mostrou-se humano por ter fome (Mt. 4:2), sentir sede (Jo. 19:28), experimentar tristeza (Jo. 11:33), a ira (Mt. 21:12; Jo. 2:17), o desprezo (Mt. 13:57) por chorar (Jo. 11:35) e por alegrar-se no Espírito Santo (Lc. 10:21). Por ser homem Cristo foi tentado em tudo (Hb. 4:15) e foi limitado no conhecimento das coisas de Deus (Mt. 24:36; Mc. 13:32). A prova maior que Cristo foi homem é entendida em que Ele foi feito pecado (II Co. 5:21; Is. 53:4-6), em conseqüência de tal, foi pendurado corporalmente na cruz (Mt. 27:38, 42; Jo. 19:31), furado por lança (Jo. 19:34; 20:27) da qual ferida saiu água e sangue (Jo. 19:34). O sofrimento de Cristo foi até a morte (Fp. 2:7,8; Jo. 19:30) depois da qual, foi sepultado (Jo. 19:38-42). O preço pago pelo pecado não foi pouco, mas foi a vida do próprio Filho de Deus, o homem, Cristo Jesus.

Ai daquele que rejeita tal sacrifício pelos pecados. Se você ainda não é salvo, não espere por outro maior sacrifício ser dado pelos pecados. Não há maior sacrifício do que o filho dado por Deus e o menino nascido por mulher que é chamado Jesus Cristo. Venha a Ele já.

Por quem este preço foi pago

“por nós” – por quem o preço do pecado foi pago é entendido pelas palavras “por nós” de II Co. 5:21. Cristo é “aquele” que representa os “seus”. Os pecadores são feitos pecadores por serem em Adão (Rm. 5:12). Os salvos são feitos santos por estarem em Cristo, antes da fundação do mundo (Rm. 5:19; Ef. 1:4). Como Adão representa todos os homens, sem a exceção de nenhum, assim Cristo representa todos “os que são de Cristo”, sem exceção de nenhum (I Co. 15:22,23; II Co. 5:14,15). A obra de Cristo foi uma substituição legal para os seus em particular (Hb. 2:11).

A Bíblia claramente mostra por quem o preço pelo sacrifício do Divino/humano Cristo Jesus foi pago usando várias terminologias específicas. Quem foi os alvos para receber as bênçãos do sacrifício de Cristo são os por quem Deus decidiu compadecer-se e pelos quais Ele quis ter misericórdia (Rm. 9:15,16). Estes crêem no Evangelho por serem os que são “ordenados para a vida eterna” (At. 13:48). Estes ordenados ou, como temos já visto, os escolhidos ou os elegidos, são anteriormente determinados por Deus (Ef. 1:4; II Ts. 2:13) e, são nomeados “povo seu” (Tt. 2:14), “seu povo” (Mt. 1:21, Sl. 110:3 – os judeus), “os seus” (Jo. 13:1 – seus discípulos) ou “meu povo” (Êx. 8:23; II Co. 2:15,16 – os judeus). São particularmente por estes que Cristo veio salvar (Mt. 1:21). Os homens que serão salvos são chamados “ovelhas”, e são estas ovelhas somente pelas quais Cristo deu a Sua vida (Jo. 10:11,14-16; Is. 53:4-6,8). Estes homens que hão de crer, que são os do mundo que o Pai deu a Cristo, são pelos quais Cristo se santificou e orou particularmente e ainda ora (Jo. 17:6, 9, 11, 19, 21; Hb. 7:25). Estes, por quais Cristo se deu, em outras passagens são chamados “amigos” (Jo. 15:13,14), “meus irmãos” (Hb. 2:12) e os “filhos que Deus me deu” (Hb. 2:13; I Jo. 3:1) enfatizando ainda mais a relação particular que têm os que foram dados pelo Pai ao Filho. São estes mesmos que são os “chamados” (Hb. 9:15) que foram conhecidos intimamente e predestinados antes (Rm. 8:28-30). Estes predestinados, uma vez salvos pela mensagem da pregação da Palavra de Deus e pela obra do Espírito Santo, quando ajuntados em obediência pública, são chamados o “corpo de Cristo” ou a Sua “igreja” (Ef. 5:23, 25). É neste sentido de coletividade dos que serão salvos e ajuntados no céu que entendemos um sacrifício particular pois é dito que é “Ele próprio o salvador do corpo” (Ef. 5:23) e que pela igreja “a si mesmo se entregou por ela” (Ef. 5:25). É determinado que fosse por estes ajuntados biblicamente que “Ele resgatou com seu próprio sangue” e não os de fora do Seu ajuntamento [o ajuntamento futuro no céu de todos os salvos de todas as épocas e os ajuntamentos de representantes atualmente na terra] (At. 20:28). Foi o propósito de Cristo cuidar particularmente o Seu “pequeno rebanho” (Lc. 12:32). Um propósito que Ele efetua na salvação pelo Seu sangue e na santificação pelas Suas igrejas (Ef. 4:11-16). Estes, quem o Pai concede vir a Cristo (Jo. 6:65), pela obra do Pai e do Espírito Santo (Jo. 6:45; Is. 54:13) e pela Palavra de Deus (Rm. 10:17; I Pe. 1:23) são os que recebem Cristo pela fé (Jo. 1:12). Estes mesmos “que crêem no Seu nome” são, os mesmos que passivamente “o receberam” (Jo. 1:12), os que nasceram espiritualmente da vontade de Deus (Jo. 1:13) e não pelo esforço nenhum do homem (Rm. 916). Por estes Cristo se santificou (Jo. 17:19). Não há dúvida nenhuma que Cristo foi feito pecado por certas pessoas em particular (II Co. 5:21). Foi por somente estes Ele morreu (Rm. 5:8; Tt. 2:14) e todos os pecados que Ele levou sobre si serão verdadeiramente cobertos no dia do julgamento (Hb. 9:12; Ap. 5:9).

Exatamente o que Cristo fez “por nós” é entendido por palavras várias pela Bíblia, tais como redenção, propiciação, salvação e expiação. Um estudo detalhado sobre cada uma destas palavras, considerando as suas naturezas, qualificações, contextos e usos, ensinará claramente tanta a natureza da obra salvadora de Cristo quanto por quem a Sua obra foi feita.

Obra Federal

A obra de Cristo “por nós” é uma obra federal ou representante. Como na aliança do Velho Testamento era englobado o povo de Deus pelas promessas, os eleitos são representados por Cristo na Sua obra de salvação (Gl. 2:20, “Já estou crucificado com Cristo”). Como o primeiro Adão representava todo homem na humanidade (Rm. 5:12; I Co. 15:47), assim o Segundo Adão representa todos os salvos (I Co. 15:22,23, “os que são de Cristo”). Por Cristo ser feito “semelhante aos irmãos” (Hb. 2:17) “contado com os transgressores” (Is. 53:12) e uma “alma vivente” (I Co. 15:45), Ele, junto com Seu povo, identificou-se como uma unidade diante da ira de Deus. Por Cristo representar todos os seus é dito que os seus são “crucificados com Cristo” (Gl. 2:20), mortos com Ele (Rm. 6:8), sepultados com Ele (Rm. 6:4), vivificados com Ele (Cl. 2:13), ressuscitados juntamente com Ele (Ef. 2:6) e os fez assentar nos lugares celestiais Nele (Ef. 2:6). A obra que Cristo fez, verdadeiramente representa “nós”.

Obra Vicária

A obra de Cristo “por nós” também foi vicária ou, em substituição (I Pe. 3:18, “o justo pelos injustos”). Cristo não fez algo simplesmente bom para o benefício de outro, mas Ele tornou a ser, no próprio lugar, exatamente o que o outro era (Gl. 4:4; Fp. 2:7). Cristo, sendo feito como nós diante da lei (Gl. 4:4) ficou sujeito à pena da justiça de Deus. Cristo, sento feito “pecado por nós” (II Co. 5:21) foi sujeito à morte. Sendo feito “semelhante aos irmãos” (Hb. 2:17) a Sua obra absolveu “nós” da lei do pecado e da morte (Rm. 8:3,4). Deus moeu Cristo pois Ele era “o castigo que nos traz a paz” (Is. 53:4-6). Portanto, não há mais nenhuma condenação para os que estão em Cristo (Rm. 8:1). A obra de Cristo para a salvação verdadeiramente foi em substituição “por nós”.

Obra Penal

A obra de Cristo “por nós” foi penal. Cristo, como representante de “nós” e sendo “feito pecado por nós” teria que sofrer as conseqüências do Seu povo (Is. 53:4-8, “pela transgressão do meu povo ele foi atingido”; Mt. 1:21, “Ele salvará o seu povo dos seus pecados”; João 17:9, Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.”). Entendemos isso pela Sua morte. Cristo foi obediente em tudo (Fp. 2:7), e, portanto, não deve ser castigado. Cristo foi sem pecado (II Co. 5:21), e, portanto, não deve morrer. Cristo é justo (I Pe. 3:18), e, portanto, não deve ser desamparado pelo Pai. Todavia, Cristo foi castigado, morto e desamparado por Ele ser “feito pecado” pelos Seus (Lv.. 16:21; Is. 53:6,12; Hb. 9:28). Pela vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, os Nele são feitos justos diante de Deus (Rm. 8:1,2). Verdadeiramente, a obra salvadora de Cristo foi penal “por nós”.

Obra Sacrificial

A obra de Cristo “por nós” foi sacrificial (I Co. 5:7,”..Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”). Cristo foi a expiação do próprio pecado (Is. 53:10) e, isso, voluntariamente (Jo. 10:18; Hb. 7:27). Cristo fez essa obra sacrificial como o Pai propôs (Rm. 3:25) pela obra do Espírito Santo (Hb. 9:14; Is. 61:1). Essa obra sacrificial de Cristo foi uma obra redentora, uma compra de um rebanho em particular com Seu próprio sangue (At. 20:28; I Co. 6:19,20). Também foi uma obra sacrificial como sacerdotal. Como os sacerdotes no Velho Testamento ministravam diante de Deus para homens em particular, Cristo ministrou diante de Deus para todo os Seus (Hb. 9:11-15, 25-28; 10:12-18). Não há dúvida nenhuma que a obra de Cristo como salvador “por nós” foi sacrificial.

Portanto, todos em Cristo são feitos, mais cedo ou mais tarde, justos diante de Deus. A todos os homens (sem a exceção de nenhum) deve ser declarado publicamente e zelosamente a mensagem do Evangelho que Cristo é o Salvador de todos os pecadores arrependidos e crentes Nele (Jo. 3:16). Portanto, se você é convencido dos seus pecados e entenda que merece a ira e o julgamento de Deus, a mensagem é: Venha a Deus pela fé na obra completa de Cristo. Por Cristo, Deus é grande em perdoar (Is. 55:7). Venham, tome de graça da água da vida, todos que querem (Ap. 22:18), todos que tenham sede (Is. 55:1-3), e, todos que sejam oprimidos e cansados dos seus pecados (Mt. 11:28-30).

Objeções

Existem as pessoas que dizem que Cristo morreu por todo e qualquer homem no mundo sem nenhum exceção. Creio que há versículos que aparentemente ensinem essas doutrinas. Todavia, se o que eles aparentem for correto, todos os versículos já citados como prova que Cristo veio morrer e salvar por alguns em particular, ficarão sem explicação alguma. Os versículos que aparentam fornecer um entendimento para uma expiação geral para toda humanidade por Cristo podem ser entendidos melhor se o contexto de cada um fosse levado em consideração e não apensas o que aparentam ensinar.

II Pe. 3:9 é um versículo usado geralmente para provar que Deus quer que todos os homens de todo lugar no mundo e todos os tempos venham ao arrependimento. Se o próprio versículo fosse lido com calma e sem uma emoção exaltada, seria entendido por quem Deus é desejoso. O desejo de Deus é para “conosco”, os a quem Pedro escreve sua epístola (“aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa”, II Pe. 1:1). São estes em particular que Deus não quer perder e pelos quais Ele é desejoso que venham ao arrependimento.

Adicionalmente, com II Pedro 3:9, podemos estabelecer o fato que a palavra “todos” não significa a absoluta totalidade das pessoas que podem existir. Existe na definição do pronome indefinido “tudo” no Dicionário Eletrônico Aurélio o sentido: 4. Todas as pessoas de quem se trata; todos: "e os amigos sem nome (tantos), / em alegria companheira, / tudo se junta, oferecendo-se, / numa rosa, a Manuel Bandeira." (Carlos Drummond de Andrade, José & Outros, p. 111). Os léxicos do grego permitem o mesmo (#3956, individualmente, cada um, ou, coletivamente, uns de todos, Strong’s). Esse sentido cabe bem com o “todos” de II Pedro 3:9. O “todos” trata com os “alguns” que tem ligação com aqueles representados com o pronome “conosco”. Quer dizer, Deus tem os Seus entre quais alguns são salvos já e outros que ainda não são. Os que ainda não são, Deus não quer que nenhum destes se percam senão que todos venham a arrepender-se.

O versículo I João 2:1,2 que parece enfatizar uma expiação geral, em verdade não ensina isso. O apóstolo João está escrevendo aos judeus e ele relata a verdade que a salvação por Cristo não é somente entre os judeus mas para “todo o mundo”. Quer dizer: os gentios podem ser salvos também. O apóstolo João, pela revelação em Apocalipse, revela que de “todo o mundo” há salvação, sim, ‘uns de todos’ (Strong’s) ou, quer dizer, “homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap. 5:9). O versículo Romanos 3:9, usa os dois, “tantos judeus como gregos” no sentido de “todos” da mesma forma de I João 2:1,2. Na verdade, poucas são às vezes, entre as 1,234 usos da palavra ‘todos’ no Novo Testamento (#3956 no Strong’s, Concordância Fiel), que a palavra “todos” significa a totalidade das pessoas. Geralmente o próprio texto torna evidente a sua limitação.

João 3:16 é um outro versículo usado por muitos para estabelecer o pensamento que Deus ama igualmente todos os homens e se empenha de igual forma a salvar todos eles de igual forma. Essa premissa fundamenta-se na suposição que quando a palavra “mundo” é usada, quer significar ‘todo mundo’ sem nenhuma exceção. Uma consideração de João 1:10 revelará três maneiras diferentes de usar essa única palavra (o “mundo” a terra em oposição ao céu; o “mundo” como o universo; o “mundo” apontando aos homens que não creram nEle). A palavra “mundo” pode ser usada para representar o universo (At. 17:24), a terra (Jo. 13;1; Ef. 1:4), o sistema mundano (Jo. 12:31; I Jo. 5:19), toda da raça humana (Rm. 3:19), toda a humanidade exceto os crentes (Jo. 5:24; 15:18; Rm. 3:6), e os gentios em contraste com os judeus (Rm. 11:12). A palavra “mundo” também pode ser usada para representar os crentes (Jo. 1:29; 3:16,17; 6:33; 12:47; I Co. 4:9; II Co. 5:19). Portanto, quando a palavra “mundo” for aplicada para ensinar a doutrina, deve ser levado em consideração esses usos também. O estudo bíblico não deve ser baseado numa suposição criada da lógica humana.

Em resumo, é necessário lembrar o que a doutrina declarada pelas palavras “eleição” e os seus derivativos, juntamente com as evidências múltiplas e bíblicas que apontam a uma expiação particular ensina quando é determinado os significados das palavras “todos” e “todo o mundo”. Com o estudo bíblico será entendido que Cristo, que não conheceu pecado, foi feito pecado a todos a quem o Pai anteriormente deu a Cristo, e somente estes.

O efeito do preço pago

“para que Nele fôssemos feitos a justiça de Deus” – Os por quem Cristo pagou o preço dos pecados são verdadeiramente feitos a “justiça de Deus” (II Co. 5:21). Como Cristo foi feito igual aos seus “irmãos” (Hb. 2:17) os “Seus” são feitos membros do “seu corpo, da Sua carne, e dos Seus ossos” (Ef. 5:30). Deus é satisfeito pelo trabalho da alma de Cristo (Is. 53:11). Sendo “por nós” quem Cristo trabalhou e ainda intercede (Rm. 8:33,34), estes mesmos serão todos junto com Cristo à direita de Deus. Não há nenhum elegido, por quem Cristo morreu, que não se apresentará justo diante de Deus um dia. Os que são chamados (Rm. 8:28,29) são os mesmo que são perdoados (Sl. 85:2-10; Is. 1:18), reconciliados (II Co. 5:20), sarados (I Pe. 2:24; Is. 53:4-7, 11), lavados (Ap. 1:5; I Pe. 1:18,19) e regenerados (Tt. 3:5). Pelo poder de Deus estes são desejosos a virem a Cristo (Sl. 110:3) e serão feitos vivos (I Jo. 5:12; Ef. 2:1; Jo. 5:24) e justificados (Is. 53:11; Rm. 3:24-26; 8:1; 10:4; Fp. 3:9) quando vêm a Cristo. Todo o que o Pai tem dado a Cristo, virá a Cristo eventualmente (Jo. 6:3, 39, 45) e serão estabelecidos (II Tm. 1:7), conservados (Jd. 1, 24, 25; Jo. 10:27,28), feitos agradáveis a Deus (Ef. 1:6) protegidos (I Jo. 2:1) e, sem a menor dúvida, glorificados (Jo. 6:44; 17:2; Rm. 8:30). A certeza disso é tão firme quanto a vontade de Deus (Jo. 6:38; Sl. 115:3; 135:6). Não há limitação nenhuma para a vontade de Deus (Dn. 4:35). Os que estavam longe, estão agora pertos (Ef. 2:13; Hb. 7:25); os que eram filhos da ira praticando todo e qualquer pecado, são agora, em Cristo, feitos filhos de Deus (Ef. 2:2; I Jo. 3:2; Rm. 8:14,15); os que eram inimigos agora são embaixadores da verdade (Rm. 8:6-8; II Co. 5:20) pela obra de Cristo. O que aconteceu no passado com os “em Cristo” continuará a acontecer para os “seus” que ainda não nasceram pois “todo o que o Pai” deu a Cristo “virá a Mim” (Jo. 6:37, 39; 17:2; Mt. 24:24).

Que Deus tenha misericórdia dos Seus e trazer todos os estes a Cristo para salvação (II Ts. 2:13). É o nosso desejo e oração que estes mesmos creiam e sejam trazidos a tais posições de benção espiritual em lugares celestiais por Cristo. Também é o nosso desejo que todos estes salvos vivam em todo o santo trato e piedade diante de um mundo em trevas por ter tal salvação (II Tm. 2:19).

Autor: Pastor Calvin Gardner
Correção gramatical: Edson Elias Basílio, 04/2008
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br





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